Há tantos de nós por aí
Criaturas deformadas e asquerosas
Naturalmente loucos rastejando por palavras e sentimentos
Atacando uns aos outros em uma batalha cruel
Somos todos monstros em uma gaiola deixada ao leito do mar
Todos agoniados em nossos respectivos mundos
Todos diferentes e iguais
Vivendo de um modo tão fugaz
Procurando uma maneira de deixar de ser estas feras tão horrendas
Que desse jeito vão vivendo e sofrendo.
Mas sinto algo que não entendo
Não me incomodo com minha forma contorcida
Não me importa ser uma aberração
Acomodei-me à minha teratia
Pois no íntimo mais escuro de meu peito
Meu coração atrofiado sussurra:
Eu sou um monstro
Nenhum comentário:
Postar um comentário